É hora de mudar as vestes...
Shalom! O texto que abordaremos nessa postagem, baseou-se no caso de Tamar, nora de Yehuda, a qual após ficar viúva e, sem filhos, aguardava o cumprimento de uma promessa feita pelo seu sogro... entretanto, ao perceber que este, não cumprira com o que lhe havia prometido... resolveu mudar o rumo de sua história! E, pra isso, precisou despir-se das vestes que a cobriam... vestes de vergonha; de humilhação e; viuvez sem filhos!
Abordarmos esse tema, é importante, porque traz consigo palavra de ânimo, que desperta no indivíduo CORAGEM e EMUNAH , os quais são fundamentais para quem deseja transformar a situação em que se encontra! E, foi exatamente isso que Tamar precisou colocar em prática, quando se deu conta que já estava na hora de mudar suas vestes!
O despir-se de vestes de vergonha; de dor; de humilhação; de descaso; de abandono; de mentiras ... transformou o quadro em que Tamar se encontrava! Quantos, muito das vezes, em nosso meio; a nossa volta, encontram-se nessa mesma condição: vestidos com vestes que lhes trazem vergonha! "Sorrindo" por fora, mas chorando por dentro; "inteiro" por fora, mas estilhaço por dentro...
Vejamos então, o texto que se encontra em Bereshit(Gn) 38:1-27
"E aconteceu no mesmo tempo que Yehuda(Juda) desceu de entre seus irmãos e entrou na casa de um homem de Adulão, cujo nome era Hira, E viu Yehuda ali a filha de um homem cananeu, cujo nome era Sua; e tomou-a por mulher, e a possuiu. E ela concebeu e deu à luz um filho, e chamou-lhe Er. E tornou a conceber e deu à luz um filho, e chamou-lhe Onã. E continuou ainda e deu à luz um filho, e chamou-lhe Selá; e Yehuda estava em Quezibe, quando ela o deu à luz. Yehuda, pois, tomou uma mulher para Er, o seu primogênito, e o seu nome era Tamar. Er, porém, o primogênito de Yehuda, era mau aos olhos de YHWH, por isso YHWH o matou. Então disse Yehuda a Onã: Toma a mulher do teu irmão, e casa-te com ela, e suscita descendência a teu irmão.
Onã, porém, soube que esta descendência não havia de ser para ele; e aconteceu que, quando possuía a mulher de seu irmão, derramava o sêmen na terra, para não dar descendência a seu irmão. E o que fazia era mau aos olhos de YHWH, pelo que também o matou. Então disse Yehuda a Tamar sua nora: Fica-te viúva na casa de teu pai, até que Selá, meu filho, seja grande. Porquanto disse: Para que porventura não morra também este, como seus irmãos. Assim se foi Tamar e ficou na casa de seu pai. Passando-se pois muitos dias, morreu a filha de Sua, mulher de Judá; e depois de consolado Judá subiu aos tosquiadores das suas ovelhas em Timna, ele e Hira, seu amigo, o adulamita. E deram aviso a Tamar, dizendo: Eis que o teu sogro sobe a Timna, a tosquiar as suas ovelhas.
Então ela tirou de sobre si os vestidos da sua viuvez e cobriu-se com o véu, e envolveu-se, e assentou-se à entrada das duas fontes que estão no caminho de Timna, porque via que Selá já era grande, e ela não lhe fora dada por mulher. E vendo-a Yehuda, teve-a por uma prostituta, porque ela tinha coberto o seu rosto. E dirigiu-se a ela no caminho, e disse: Vem, peço-te, deixa-me possuir-te. Porquanto não sabia que era sua nora. E ela disse: Que darás, para que possuas a mim? E ele disse: Eu te enviarei um cabrito do rebanho. E ela disse: Dar-me-ás penhor até que o envies?
Então ele disse: Que penhor é que te darei? E ela disse: O teu selo, e o teu cordão, e o cajado que está em tua mão. O que ele lhe deu, e possuiu-a, e ela concebeu dele. E ela se levantou, e se foi e tirou de sobre si o seu véu, e vestiu os vestidos da sua viuvez. E Yehuda enviou o cabrito por mão do seu amigo, o adulamita, para tomar o penhor da mão da mulher; porém não a achou. E perguntou aos homens daquele lugar dizendo: Onde está a prostituta que estava no caminho junto às duas fontes? E disseram: Aqui não esteve prostituta alguma. E tornou-se a Yehuda e disse: Não a achei; e também disseram os homens daquele lugar: Aqui não esteve prostituta. Então disse Yehuda: Deixa-a ficar com o penhor, para que porventura não caiamos em desprezo; eis que tenho enviado este cabrito; mas tu não a achaste.
E aconteceu que, quase três meses depois, deram aviso a Yehuda, dizendo: Tamar, tua nora, adulterou, e eis que está grávida do adultério. Então disse Yehuda: Tirai-a fora para que seja queimada. E tirando-a fora, ela mandou dizer a seu sogro: Do homem de quem são estas coisas eu concebi. E ela disse mais: Conhece, peço-te, de quem é este selo, e este cordão, e este cajado. E conheceu-os Yehuda e disse: Mais justa é ela do que eu, porquanto não a tenho dado a Selá meu filho. E nunca mais a conheceu. E aconteceu ao tempo de dar à luz que havia gêmeos em seu ventre."
Onã, porém, soube que esta descendência não havia de ser para ele; e aconteceu que, quando possuía a mulher de seu irmão, derramava o sêmen na terra, para não dar descendência a seu irmão. E o que fazia era mau aos olhos de YHWH, pelo que também o matou. Então disse Yehuda a Tamar sua nora: Fica-te viúva na casa de teu pai, até que Selá, meu filho, seja grande. Porquanto disse: Para que porventura não morra também este, como seus irmãos. Assim se foi Tamar e ficou na casa de seu pai. Passando-se pois muitos dias, morreu a filha de Sua, mulher de Judá; e depois de consolado Judá subiu aos tosquiadores das suas ovelhas em Timna, ele e Hira, seu amigo, o adulamita. E deram aviso a Tamar, dizendo: Eis que o teu sogro sobe a Timna, a tosquiar as suas ovelhas.
Então ela tirou de sobre si os vestidos da sua viuvez e cobriu-se com o véu, e envolveu-se, e assentou-se à entrada das duas fontes que estão no caminho de Timna, porque via que Selá já era grande, e ela não lhe fora dada por mulher. E vendo-a Yehuda, teve-a por uma prostituta, porque ela tinha coberto o seu rosto. E dirigiu-se a ela no caminho, e disse: Vem, peço-te, deixa-me possuir-te. Porquanto não sabia que era sua nora. E ela disse: Que darás, para que possuas a mim? E ele disse: Eu te enviarei um cabrito do rebanho. E ela disse: Dar-me-ás penhor até que o envies?
Então ele disse: Que penhor é que te darei? E ela disse: O teu selo, e o teu cordão, e o cajado que está em tua mão. O que ele lhe deu, e possuiu-a, e ela concebeu dele. E ela se levantou, e se foi e tirou de sobre si o seu véu, e vestiu os vestidos da sua viuvez. E Yehuda enviou o cabrito por mão do seu amigo, o adulamita, para tomar o penhor da mão da mulher; porém não a achou. E perguntou aos homens daquele lugar dizendo: Onde está a prostituta que estava no caminho junto às duas fontes? E disseram: Aqui não esteve prostituta alguma. E tornou-se a Yehuda e disse: Não a achei; e também disseram os homens daquele lugar: Aqui não esteve prostituta. Então disse Yehuda: Deixa-a ficar com o penhor, para que porventura não caiamos em desprezo; eis que tenho enviado este cabrito; mas tu não a achaste.
E aconteceu que, quase três meses depois, deram aviso a Yehuda, dizendo: Tamar, tua nora, adulterou, e eis que está grávida do adultério. Então disse Yehuda: Tirai-a fora para que seja queimada. E tirando-a fora, ela mandou dizer a seu sogro: Do homem de quem são estas coisas eu concebi. E ela disse mais: Conhece, peço-te, de quem é este selo, e este cordão, e este cajado. E conheceu-os Yehuda e disse: Mais justa é ela do que eu, porquanto não a tenho dado a Selá meu filho. E nunca mais a conheceu. E aconteceu ao tempo de dar à luz que havia gêmeos em seu ventre."
Do texto acima, podemos destacar o seguinte:
1º - a forma como Yehuda via sua nora Tamar, isto é, como a culpada pela morte de seu filho Er e, Onã;
2º - o agir com "má fé" de Yehuda para com sua nora, Tamar, prometendo-lhe algo que não estava disposto a cumprir;
3º - a hipocrisia de Yehuda, promulgando sentença de morte a nora, sob acusação de que esta, havia se prostituido e, em razão disso, havia engravidado, quando na verdade, se dependesse deste, Tamar permaneceria em sua condição de viuvez, à espera do cumprimento de uma promessa... à espera de um milagre em sua vida;
4º - a postura de Tamar em conduzir sua vida para um outro rumo, ao encher-se de coragem e emunah, de modo a se tornar um agente transformador em prol de si mesma!
Percebam que, enquanto de um lado faltava justiça, do outro, de imediato, não se via a necessidade para mudar as vestes... afinal, o estado de comodismo, gera na pessoa, a sensação de que está tudo sob controle! Mas... não era bem isso que vamos percebendo no decorrer da história! E, é nessa percepção que nos damos conta que, para toda mudança, é preciso coragem! É preciso emunah! Ou seja, É preciso se sentir confiante; seguro acerca do passo a ser dado; da mudança que se espera obter... e, nisso, podemos ter a seguinte certeza: NÃO se faz justiça às custas da infelicidade alheia!
O não saber pesar na balança os erros e acertos; os agrados e desagrados, o justo e, o injusto, faz com que o fiel da balança, tenda apenas para um lado! E, foi isso que aconteceu com Yehuda. Ele não se atentou para o peso que seus filhos colocavam sobre a vida de sua nora Tamar! Não se deu conta que as ações praticadas por eles, eram reprovadas pelo Altísimo! Por isso, na balança de Yehuda, o fiel tendia sempre em favor de seus filhos e, não para o que era justo e reto, a quem de direito!
Numa sociedade patriarcal, como a que existia no período em que é narrado a história de Tamar, ser mulher não era tarefa fácil, ainda mais quando esta era estéril, ou tinha dificuldades para engravidar, neste caso, sentimentos tais como: frustração; amargura; humilhação dentre outros, era presença marcante na vida dessas mulheres e, no caso de Tamar, não foi diferente! Sua condição de vida, a levou a se vestir com vestes de tristeza e, humilhação! Porém, ainda, restava-lhe uma esperança! E, que esperança era essa? E, a resposta é: a de dar descendência a seu marido, através do irmão caçula deste, conforme seu sogro lhe havia prometido!
Entretanto, ao verificar que o filho caçula de seu sogro, já era um homem e, o mesmo não lhe havia sido entregue, conforme prometido, Tamar tomou coragem para mudar as suas vestes!
Às vezes é isso que nos falta: a percepção de que se faz necessário mudanças em nossa vida; de que se faz necessário, atitude para transformar a situação que nos causa angústia! Percepção de que se faz necessário lutar pelo que cremos; pelo que desejamos ser; pelo que é nosso por direito... e, pra isso, é necessário colocarmos em prática, o que abatidos, muitos das vezes não conseguimos encontrar em nós mesmos, que é: a Coragem e a Emunah!
Dar um passo de certeza e confiança, em meio a palavras que nos jogam pra baixo, em meio a adversidades que surgem pelo caminho, faz-se necessário quando se deseja mudar as vestes que nos torna "invisíveis no meio em que nos encontramos, vestes que nos mantém na condição de miserabilidade; de um "pobre coitado"; de uma terra seca que não produz frutos; de um cego que nada enxerga a frente de seus olhos; de um menino incapaz de tomar decisões precisas em prol de sua vida... por isso: Levanta-te, porque é chegado a hora de mudar suas vestes, de modo que lhe seja concedido oleo de alegria ao invés de lamento, veste de louvor, ao invés de um ruach(espírito) angustiado!
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